segunda-feira, 24 de maio de 2010

Casa Cor 2010 no Jockey


A mega Casa Cor 2010 (com Casa Cor, Casa Hotel, Casa Kids, Casa Talento) recebeu os jornalistas em 22 de maio.
É claro que a equipe do Circular estava lá e anotou o que há de mais interessante - destaque para o minimalismo crítico de João Armentano, que criou um porão de um ratinho, com maquetes de ambientes.
A mostra abre 3a feira, dia 25 de maio, para o público.

terça-feira, 18 de maio de 2010


SPA CIDADE JARDIM


Localizado no quinto piso do Shopping Cidade Jardim, foi inaugurado dia 6 de abril, em São Paulo o Spa Cidade Jardim, cujo investimento chegou a R$ 15 milhões.
O conceito de última geração traduz as várias atividades, programas e serviços dedicados à beleza, forma física e ao bem-estar pessoal, inspirados nas tradições européias e norte-americanas. A decoração é assinada por Arthur de Mattos Casas.

O Spa conta com:

 Pavilhão das Águas: composto por um circuito de piscinas, Inclusive uma com jatos ergométricos que agem como massagens. Banhos de imersão privativos e ducha vichyr.

 Suíte Termal: sauna finlandesa, banho a vapor, cama individual e lounge.

 Pavilhão Corpo e Mente: área de fitness com equipamentos italianos.

 Spa Suíte, que oferece total privacidade, inclusive para atender casais.

Há, ainda, uma clínica médica comandada pelo Dr. Filippo Pedrinola.

Além dos moradores do Parque Cidade Jardim, poderão ter acesso ao Spa quem pagar R$ 1200,00 por mês ou R$ 35 000,00 por cinco anos. Os tratamentos (massagens, faciais e corporais) custam a partir de R$ 120,00.
Av. Magalhães de Castro, 12.000 – Cidade Jardim
2 de setembro de 2003



Por que eu gosto de morar aqui
Roberto Duailibi


São Paulo é, em si mesma, com todos os seus defeitos, uma cidade excepcional para se viver. Não vou falar de todas as oportunidades que estão aqui, à disposição de quem tiver o talento e a gana para aproveitá-las; nem dos serviços médicos, das universidades e faculdades, dos cursos livres, das exposições, das peças de teatro e dos filmes, dos restaurantes, shoppings, academias – e até da proximidade que temos das montanhas, das praias e do mar.
Para quem tem a vocação para os relacionamentos, as amizades também encontram-se à distância de um telefonema – e as possibilidades são infinitas. Mesmo a solidão como escolha e o confortável anonimato podem ser usufruidos por quem os quiser.
E para as pessoas que moram aqui no Morumbi ou no Real Parque? Sim, nós nos habituamos a criticar a insegurança que se instalou, nos últimos tempos, em nossos bairros. Criticamos o mau estado do asfalto e das calçadas, a ausência de esgoto até hoje, e os habituais apagões de uma rêde elétrica precária, os constanes engarrafamentos das pontes.
Mas todos esses são problemas que, sabemos, a médio e longo prazo serão corrigidos, e cuja solução depende, em larga escala, de nossa própria capacidade de nos organizarmos politicamente.
Mas quais são, então, comparadas com as dos outros bairros, as vantagens de morar aqui? Sou um dos pioneiros desse bairro. Quando mudei para cá, há 36 anos, sobre a colina norte do grande vale do Pinheiros, só existiam três ou quatro casas em toda essa área. Vizinhos à casa de fazenda construída pelo Regente Feijó e sua capela, ainda em ruínas, na altura da avenida Morumbi 5500; uma esquina abaixo, a capelinha de São Sebastião, dos escravos da fazenda, na esquina das ruas General Almerio de Moura e Bandeirante Sampaio Soares, apenas minha casa e a do professor Bardi, então diretor do MASP. Não existia um só prédio no Real Park; todas as casas, modestas, eram de antigos colonos da fazenda de chá que deu origem ao nome Morumbi. Onde hoje é a praça Visconde de Cunha Bueno havia apenas o cocoruto de um morro inacessível. Uma noite, o então prefeito Olavo Setúbal veio jantar em minha casa e, apontando em direção ao morro, disse-nos, bem informado como estava, que brevemente ali estaria repleto de edifícios residenciais. Ninguém ainda poderia imaginar isso.
De lá para cá o bairro mudou muito, mas manteve muitas de suas vantagens. O ar continua um dos melhores de toda a capital. Enquanto em alguns bairros a poluição é uma presença pouco saudável, aqui ainda podemos respirar a todo pulmão. Certamente nossos bairros constituem a área mais arborizada em toda a cidade, com ruas e praças repletas de pinheiros, araucárias, cisalpinas e o nativo pau-ferro, árvore majestosa e cheia de força. O ruído urbano também ainda está longe, e as noites são silenciosas. Temos praças onde ainda podemos praticar caminhadas com segurança – pelo menos umas quatro, algumas sendo exemplos de conservação, como a Praça Poeta Drummond de Andrade, a Praça Vinicius de Moraes, a Praça preferida pelos donos de cachorro na rua Joaquim Cândido de Azevedo Marques, para a qual devemos reinvindicar o nome de dois ilustres vizinhos que já passaram para a história, o colecionador e empresário Mário Pimenta Camargo ou o excelente pintor Rebolo.
Dos andares mais altos de alguns prédios pode-se vislumbrar uma paisagem bem paulista – a cidade lá longe, com suas luzes e seus movimentos, seu nascer do sol. E o ruído dos aviões de Congonhas, que nos diz que o Brasil inteiro está despertando com São Paulo.
Perto, mas não tão perto que chegue a incomodar, temos um dos maiores estádios de esportes do país, e para quem gosta de futebol os jogos são uma excelente oportunidade de convidar seus amigos estrangeiros em visita à cidade, e principalmene para estimular em seus filhos e netos o amor aos esportes e a convivência com as brasileiríssimas torcidas. Outro bom clube, o Paineiras, encontra-se do outro lado da avenida. Ainda nas proximidades, dois bons hospitais, um deles incluindo-se entre os melhores em toda a América Latina.
Há ainda escolas excelentes, como a Quintal e a Escola Morumbi, da grande líder educacional, dona Janete, e grandes academias para quem quer manter a forma. Escolas de natação, várias.
No lado sul da ponte do Morumbi, portanto próximos e longe, alguns dos mais modernos hotéis da atualidade, com seus restaurantes, spas, massagens, saunas, salões.
Estamos a uma distância razoável também, do mesmo lado, de três excelentes shoppings, dois dos quais com bons cinemas, lojas elegantes e divertidas praças de alimentação.
Do outro lado, a praça Alfredo Volpi, ótima para se caminhar e, um pouco mais adiante, o melhor clube para quem gosta de praticar tênis e caminhada com a maior segurança, o Jockey Club, um fantástico espaço, com o maior volume de metro quadrado por frequentador. O horizonte do clube, sua planura, seu verde, os cavalos treinando ou competindo, o cheiro de fazenda, e principalmente seus restaurantes, nenhum outro bairro tem.
E, de todas as vantagens de quem mora no bairro, a presença da Fundação Maria Luísa e Oscar Americano, um dos pequenos museus mais elegantes em todo o mundo. Visitá-lo é um mergulho na História contemporânea de nosso país e a oportunidade de obter um grande conhecimento do que foi, principalmente, o Segundo Império. Só os quadros de Franz Post, de Portinari, de Di Cavalcanti, as esculturas de Bruno Giorgi e Brecheret valem várias visitas. As manhãs musicais sempre atraem grupos de amantes dos clássicos, que se deleitam também com o requintadíssimo jardim da casa, os móveis, as exposições. E, durante os dias de semana, o já famoso salão de chá da tarde.
O próprio Palácio dos Bandeirantes, aberto à visitação em muitas ocasiões, é um excelente museu, com seus quadros, suas esculturas e móveis coloniais. Um bom lugar para levar seus filhos, que podem sonhar ocupá-lo um dia...
Enfim, gosto de viver aqui. Temos excelentes vizinhos, muitos amigos, e sei que há muita solidariedade. Como em tudo, depende de como você olha a vida. Pode-se viver no melhor lugar do mundo – se você souber olhar à sua volta.
Sociedade Amigos do Real Parque (SARP)


Ultimamente as queixas sobre o trânsito no Real Parque se intensificaram, especialmente a respeito do cruzamento entre as ruas Duquesa de Goiás, Dauro Cavallaro e a rua de entrada da marginal (a do Leroy Merlin e Pão de Açúcar) – é um sinal de três fases, mal dimensionado para a quantidade de carros, onde têm acontecido muitos assaltos.

Durante muitos anos presidida pelo Dr. Antonio Candido de Azevedo Sodré, quem responde agora pela SARP é o advogado Ricardo Salles, vice-presidente da entidade. Nosso representante junto às autoridades, nos contou algumas novidades.

A primeira delas é que o Projeto de Reurbanização da favela do Real Parque, luta de alguns anos da SARP e noticiado há cerca de dois anos por este jornal vai mesmo ser realizada. Serão prédios pequenos de apartamentos ao lado do Cingapura, que substituirão os barracos, contemplando 1000 famílias. Como são cerca de 1400 famílias que atualmente ali residem, há que se achar uma solução para este número. A verba para a construção virá de 3 fontes: operação Faria Lima (prefeitura SP), Sehab (prefeitura SP) e CDHU (governo do estrado de SP).

A luta por um posto da PM continua. A ideia inicial era um posto da PM avançado, similar ao que há no estádio do Morumbi. As conversas com a capitã Raquel, do 16º. Batalhão da 3ª Cia indicam que o ideal é construir um quartel com cerca de 500 m2.

Ricardo Salles e a SARP estão batalhando por uma das três opções de terreno para a PM: um na rua Dauro Cavallaro, ótima localização, porém 25% do terreno já está tomado pelo Posto de Saúde (da rua Barão de Melgaço) e a legislação não permite que se construa mais; um na rua George Eastman, na praça que está semi-abandonada em frente ao Novotel; ou na praça Azevedo Sodré, que ocuparia apenas 1/6 do terreno e seria, para atender à exigências da secretaria do meio-ambiente, construído de forma ecológica. Vamos torcer para que isto se defina!

Agora, o assunto que todos querem saber: e o trânsito?

Foi feita uma pesquisa pela SARP e encaminhada à CET a respeito da mudança das mãos de ruas. Já se vão quase dois anos. Muita gente votou a favor de que cada rua do Real Parque tenha apenas uma mão, já que as ruas são muito estreitas e isso não vai mudar. Porém, há os que reclamaram, dizendo que dariam voltas a mais para chegar em suas casas. Essa é uma questão polêmica, mas acima de cada interesse individual há que se pensar no coletivo. De nada adianta uma pessoa ter o caminho facilitado para chegar à sua casa, se a rua de acesso parar. É o que se vê a cada dia ao transitar por estas ruas.

Outra questão são os ônibus, de maior complexidade. A mudança de trajeto de uma rua para a outra transferiria o problema, sem solução. Pelo visto, o jeito é deixar como está, os ônibus passando pelas ruas Barão de Melgaço, Barão de Monte Mor e Adalívia de Toledo.

O que está decidido com o engenheiro Paulo, gerente da GET 5 da CET (área do Morumbi), é que o estacionamento só será permitido em um dos lados das ruas – essa decisão foi votada, quando da pesquisa, por 96% dos que responderam. Agora, é cobrar da CET a fiscalização.

De toda forma: o Real Parque continua precisando urgente de uma solução para o cruzamento triplo nas imediações da Decathlon. Que tal as três grandes empresas ali situadas (Leroy Merlin, Pão de Açúcar e Decathlon) se unirem com a SARP e a população e solucionar a entrada do bairro de forma decente? Participe e dê sua opinião através do blog deste jornal ou pelo email cartacircular@uol.com.br.

Sabão artesanal


Sabão artesanal de Beth Bachini

Mães que trabalham com suas filhas (mai 2010)

Marisa Viana e Beth Bachini

Arte e sensibilidade podem ser passados pelo DNA. Quando encontramos Marisa e Beth no bazar de Heloisa Sassi no Morumbi, não imaginávamos que falávamos com duas empresárias de mão cheia.
Há 32 anos, Marisa, que trabalhava com decoração, começou a fazer objetos de madeira, e foi a primeira fornecedora da Cleusa presentes de tábuas de queijos decoradas com latão. As vendas cresceram, e o marido resolveu profissionalizar a empresa, comprando uma marcenaria, que chegou a ter 16 tornos e 26 funcionários. Todas as grandes lojas de presentes de São Paulo compravam e compram a linha de produtos de Marisa, que participou da 1ª Gift fair e chegou a ser convidada pelo consulado brasileiro para expor em NY, na Table Top Fair.
A partir dali, as peças fabricadas com cuidado passaram a ser exportadas, e foram inclusive vendidas na Bloomingdale´s. Quando as exportações foram abertas na era Collor, a produção começou a encolher.
Hoje, Marisa participa de bazares chiques em São Paulo, muitas vezes ao lado da filha Beth, e vende peças feitas de madeira certificada: Teka, eucalipto e bambu.

“ Eu era só mãe de 4 filhos: Beth, Ricardo, Sergio e Rodrigo...
Adoro isso que eu faço, vira uma cachaça! Adoro criar.”

Arquiteta premiada na Hungria e na Alemanha, Beth Bachini, mãe de dois meninos de 20 e 22 anos, sempre foi apaixonada por sabonetes, embalagens e aromas naturais.
Assim nasceu o Santo Sabão, com produtos feitos só com matérias-primas naturais, aromatizado com óleos essenciais.
Largar 20 anos de arquitetura e paisagismo nem foi tão difícil assim para Beth: a primeira vez em que viu fazer sabão, soube que era exatamente isso o que queria fazer; nada mais de sebo animal nem de produtos sintéticos no banho! Só aromas que trabalham as emoções, trazendo paz e equilíbrio.
Inspirado na antiga arte da saboaria artesanal, os sabonetes são feitos em pequenos lotes. Colocados em moldes de madeira, após três dias são cortados à mão, o que confere uma aparência rústica e única a cada barra. Antes de serem embalados, são colocados para secar por 45 dias. O resultado é um produto especial, que hidrata profundamente e deixa a pele respirar.
Beth também produz aromatizadores de ambiente, sachets e coisinhas muito charmosas.
Para as mães, ela recomenda o Silk soap e o Rose soap, com óleos orgânicos certificados, manteiga de cacau orgânica, óleo de oliva extra-virgem, óleos essenciais que trabalham as emoções, trazendo paz e tranqüilidade.

“ Quero que o Santo Sabão continue uma empresa pequenininha, para não me afastar do processo mágico de transformar água, soda e óleos em uma barra de sabão deliciosa, de espuma biodegradável, que não agride o planeta.”

Editorial - Abril 2010

Muita coisa acontecendo...

No Brasil, é ano de eleições presidenciais e antes disso temos Copa do Mundo. Cabe a nós, formadores de opinião, disseminar conceitos de cidadania, honestidade e propósito. Esse é um ano em que decidiremos para onde o país vai caminhar.

A coluna Falando Sério ganha mais espaço a partir desta edição, já que é a campeã de manifestações – emails e comentários. Alguns leitores criticam, e outros afirmam que a coluna exprime o que de fato a população sente. De toda forma, queremos que as pessoas parem para pensar.

No Morumbi, transformações e conquistas. A batalha de quem é liderança, e doa parte de seu tempo para melhorar nosso bairro está retratada nas últimas páginas. Os meandros burocráticos e as desavenças fazem com quem toda luta seja difícil, quando na verdade o incremento da comunidade deveria fluir naturalmente.

Nossa vida será muito melhor se o entorno estiver melhor. Não adianta esconder, isolar, não enxergar, não ceder a outras opiniões. O caminho, sem dúvida, é a união por um objetivo comum.


Fernanda Ferraz